Atrasos e cancelamentos de voos serão julgados em aeroportos
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2296926/atrasos-e-cancelamentos-de-voos-serao-julgados-em-aeroportos Extraído de: Band - Jornalismo - 4 horas atrás
Atrasos e cancelamentos de voos serão julgados em juizados especiais instalados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em aeroportos a partir desta sexta-feira.
Segundo o corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, se todos os órgãos institucionais, como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), estivessem funcionando corretamente, a criação de um juizado especial não seria necessária. O que se demonstrou em 2007 [durante a crise aérea] e agora, é que esses órgãos por si só não estão atendendo todas as demandas que lhe são apresentadas.
A medida é decorrente do aumento de reclamações em relação ao serviço de transporte aéreo. Nos juizados especiais, os passageiros poderão solucionar eventuais problemas, como atrasos e cancelamentos de voos, overbooking, extravio, violação e furto de bagagens ou falta de informações.
De acordo com o corregedor a nova resolução da Anac, que aumenta os direitos dos usuários de transporte aéreo, não está sendo aplicada. O Brasil tem excesso de regulação e pouca efetividade na aplicação dessas resoluções. Tudo aquilo que está na resolução da Anac parece que ainda não foi absorvido nem pelas companhias aéreas e também não é de conhecimento do usuário.
Instalação de unidades judiciais
As unidades judiciais serão instaladas temporariamente nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Congonhas e Guarulhos, em São Paulo e Juscelino Kubitschek, em Brasília. Caso o impasse não seja resolvido por meio de acordo, o cidadão pode apresentar pedido simplificado, oral ou escrito, e dar início a um processo judicial que tramitará no Juizado Especial mais próximo de sua casa.
Os primeiros juizados especiais foram instalados provisoriamente em 2007, durante a chamada crise aérea, na qual a greve dos controladores de voos prejudicou milhares de passageiros. De acordo com o corregedor, a experiência foi bem-sucedida. Tivemos várias manifestações de órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo e do Rio de Janeiro que queriam tornar essa experiência algo definitivo.
O CNJ também prevê a instalação de juizados especiais similares nas 12 capitais que vão sediar a Copa do Mundo de 2014. Não imaginávamos que teríamos de antecipar a instalação para um outro fim nos cinco principais aeroportos do país. A nossa intenção não é tornar isso permanente, mas o sucesso da medida pode provocar um prolongamento, disse Dipp.
Redator: Martina Cavalcanti
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